segunda-feira, 25 de julho de 2011

JORNAL ANDA

Para ter um animal em casa é preciso mais do que vontade ou o simples desejo de uma criança. É necessário ter condições de mantê-lo saudável, alimentá-lo e dar a atenção adequada. Adotar um cachorro é incluir uma lista de responsabilidades na rotina da família. “Guarda responsável compreende proporcionar bem-estar a um animal, como espaço ideal, alimentação adequada, saúde e lazer”, define a treinadora e presidente da ONG Cãopaixão, Ana Cláudia Garcia Vicente.
Muitos pais resolvem fazer a vontade do filho e não avaliam se a rotina da família tem tempo para o cão, as despesas que o animal requer e se a raça que a criança deseja é adequada para o espaço da residência. “Poucas pessoas contemplam esses fatores antes de pegar um filhote”, comenta. Segundo ela, as vacinas dos primeiros meses, os banhos e tosas frequentes e até a estadia em hotéis, nos períodos de viagens, devem ser contabilizados nessa análise.
Ela que presta assessoria na escolha da raça e alerta para a guarda responsável, afirma que 50% das pessoas desistem de ter um cão porque não haviam contabilizado essas questões. “Muitos agem apenas pelo impulso do filho ou carência própria, comum entre as pessoas que vivem sozinhas”.
A veterinária Bianca Jacob Shimizu orienta as pessoas que querem levar
um filhote de cachorro ou de gato para casa. Foto: Matheus Urenha / A Cidade
Vida longa
Um animal é para boa parte da vida, tem longevidade entre 10 e 15 anos e quando se presenteia uma criança com um animal, os pais devem estar conscientes de que estão se responsabilizando pelos cuidados com o novo morador da casa. Ana Cláudia afirma que é um erro as mães entrarem no petshop e falarem para o filho que eles irão cuidar do filhote ou animal adulto. “É função das atendentes enfatizar que a criança pode até desenvolver o censo de responsabilidade com o cão, mas que de fato é um adulto que terá de assumir esse papel”, diz.

Mandamentos da guarda responsável

1 – Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados.
2 – Adote animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso.
3 – Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico.
4 – Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzido por quem possa contê-lo.
5 – Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove e exercite-o regularmente.
6 – Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.
7 – Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.
8 – Recolha e jogue os dejetos em local apropriado.
9 – Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses ou similar, informando-se sobre a legislação do local. Também é recomendável uma identificação permanente (microchip ou tatuagem).
10 – Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações.

Fonte: Jornal da Cidade

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